O plano de crescimento e desenvolvimento da matriz energética brasileira apresenta equívocos que podem comprometer o fornecimento de energia, principalmente considerando o aumento do PIB e da produção nas indústrias.
A energia elétrica que chega nas casas, comércios, indústrias e na iluminação urbana é fruto de um planejamento energético que leva em conta, primeiramente, a disponibilidade dos recursos naturais. É preciso também que o modelo de matriz energética seja adaptável aos avanços tecnológicos e às mudanças econômicas de um país.
A matriz energética brasileira é uma das poucas matrizes mundiais basicamente composta por energia limpa: quase 50% do total da energia utilizada no país tem origem nas fontes renováveis, especialmente pelos extensos rios caudalosos. No ano de 2013, por exemplo, 68,6% dos mais de 570 mil gigawatts-hora (GWh) de energia produzidos provinham das usinas hidrelétricas instaladas em diversas regiões.
Usinas termelétricas dando suporte às hidrelétricas
A partir da crise energética de 2001, as usinas termelétricas começaram a ter destaque também. Em 2014, elas supriram 25,6% do fornecimento de energia para diferentes setores, dando um suporte à produção das hidrelétricas. Produção essa que foi drasticamente reduzida em razão dos longos e frequentes períodos de estiagem das chuvas, com consequente diminuição dos níveis dos rios.
Apesar de toda a infraestrutura criada com o Sistema Integrado Nacional (SIN), que faz uso de diferentes fontes (térmicas, hidrelétricas, termonucleares, solares e eólicas) e ter mais de 133 GW de capacidade instalada, um problema chama a atenção dos especialistas. Os apagões de energia são cada vez mais constantes e poderão representar um grave problema ao setor produtivo brasileiro em um futuro próximo.
O plano de crescimento e desenvolvimento da matriz energética brasileira apresenta equívocos que podem comprometer o fornecimento de energia, principalmente considerando o aumento do PIB e da produção nas indústrias.
Crise energética no Brasil: início dos apagões
O tempo médio – medido em horas – que um consumidor fica sem energia elétrica no Brasil ultrapassa, a cada ano, os índices de países desenvolvidos, como Estados Unidos, Reino Unido e França. De acordo com um estudo da Superintendência de Regulação dos Serviços de Distribuição da Aneel, o consumidor no Brasil passou, em média, 18,27 horas sem energia elétrica no ano de 2013.
Em janeiro de 2014, o instituto Acende Brasil divulgou um documento chamado “Aprimoramentos para o Setor Elétrico”, onde apontou quais são os problemas identificados na atual gestão energética
As falhas no planejamento de expansão podem ameaçar o suprimento de energia no futuro, tendo em vista que as indústrias – investidoras nas tecnologias digitais que promovem maior competitividade e ganhos de escalabilidade de produção – precisam da energia para potencializar sua cadeia produtiva.
À medida que os apagões se tornam constantes, a implantação de novos empreendimentos é afetada. Apenas uma pequena parte dos empreendimentos consegue entrar operação dentro da data prevista.
Possíveis soluções para evitar os apagões e os prejuízos à indústria
Para alguns integrantes da cúpula política brasileira, a redução da burocracia no setor de energia possibilitaria dar andamento às dezenas de projetos de expansão que atualmente estão em atraso.
Será necessário, igualmente, promover estímulos à diversificação da matriz energética e reduzir a dependência das chuvas para encher as reservas. A energia renovável, proveniente dos ventos e do sol, deve ser melhor incentivada com projetos integrados ao macroplanejamento.
Contudo, as próprias empresas também podem construir soluções de curto e médio prazos, com planos de gestão internos que tenham por objetivo maximizar a produção e otimizar o uso de energia.
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