Neste período, o então primeiro secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Alexander Hamilton criou ações que propusessem proteger a indústria manufatureira americana.
Manter uma economia fechada em favor da indústria local é uma estratégia advinda do século 19.
Neste período, o então primeiro secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Alexander Hamilton criou ações que propusessem proteger a indústria manufatureira americana.
No entanto, Hamilton conhecia as consequências dessas ações – se fossem aplicadas por longos anos, e recomendou que as novas medidas estabelecidas fossem temporárias e revisadas oportunamente, de tempos em tempos.
No Brasil, as ações em favor da proteção da indústria manufatureira local surgiram no início do século XX.
Muitas delas tiveram continuidade durante o governo Vargas, ganhando mais força no período em que Juscelino Kubitschek governava o país, já na década de 1950.
Crise do petróleo e fechamento da economia brasileira
Ambas as crises do petróleo ocorridas em 1973 e 1979 motivaram a adoção de medidas econômicas mais drásticas para enfrentar o déficit no balanço de pagamentos à época.
A partir disso, foram determinadas restrições às importações, aumento significativo das tarifas de importação, além da proibição da importação de alguns itens.
Já na década de 1980, o aumento da dívida externa obrigou que fosse implementado no país um novo pacote de ações, que dificultasse ainda mais as importações de produtos e insumos.
O resultado de tantas medidas restritivas foi que o Brasil se tornou uma das economias mais fechadas mundialmente.
Consequências econômicas geradas pelas ações de restrição de importação no Brasil
Tantas medidas escalonadas na tentativa de frear importações, proteger a indústria e garantir a exclusividade no mercado culminaram em vários focos de ineficiência.
E isso aconteceu especialmente no setor tributário, que ficou disfuncional, ocasionando altos custos para a cadeia produtiva.
Por consequência, houve queda na produtividade e redução da competitividade dos produtos brasileiros.
Muitos estudos realizados nos anos 80 indicaram que as medidas protecionistas, de fato, geram obstáculos também na exportação de produtos, que tinha o objetivo de reduzir a dívida externa.
Do mesmo modo, o alto custo para compra de equipamentos, maquinários e insumos interferia negativamente na capacidade de competição da da indústria brasileira no mercado exterior. À essa altura, a necessidade de abrir a economia era enorme e iminente.
Abertura da economia no governo Sarney
Na tentativa de abrir a economia e estabilizar a balança econômica, algumas ações foram traçadas dentro de um planejamento desenvolvido no governo Sarney.
As principais medidas concentravam-se na revisão tarifária e na liberação das importações.
O processo de abertura foi estendido ao longo dos governos Collor e Itamar Franco. Em contrapartida, no primeiro mandato do governo de Fernando Henrique Cardoso houve um retrocesso no processo, em razão da crise financeira do México (1994).
Já durante o governo PT, o protecionismo da indústria voltou com força em 2005, especialmente com a saída do então ministro da Fazenda Antonio Palocci.
Na administração de Dilma Rousseff, a economia fechada foi refletida na indústria automobilística e em uma indústria naval pouco competitiva.
Em 2019, o governo Bolsonaro tem como uma das principais missões o liberalismo da economia, permitindo uma retomada da atividade econômica com base na importação, ao passo em que a indústria local possa crescer e oferecer empregos.
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